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Saúde Bucal e ESF Bela Vista reforçam Campanhas de Conscientização e auxílio a moradores que desejam parar de fumar
A encarregada de Saúde Bucal de Fartura, Kesia Nocheli Vasconcelos, faz um alerta à população quanto aos perigos do tabagismo. Hoje, segunda-feira, 31 de maio, é celebrado o “Dia Mundial Sem Tabaco”. A dentista lembra que, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), os moradores devem estar atentos aos malefícios provocados pelo tabagismo à saúde bucal.
“O objetivo é prevenir doenças geradas pelo uso do tabaco na cavidade oral, tendo em vista que fumantes têm entre duas a três vezes mais chances de ficarem doentes do que uma pessoa que não fuma”, frisa a doutora.
Dados da Organização Mundial da Saúde
Segundo dados da OMS, oito milhões de pessoas morrem, anualmente pelo tabagismo; destas, mais de 1/8 são vítimas de fumo passivo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 428 pessoas morrem por dia, no Brasil, em razão da dependência de nicotina. Estima-se que R$ 56,9 bilhões são perdidos, a cada ano, devido a despesas médicas e redução de produtividade. Diversos tipos de cânceres, em especial, poderiam ser evitados, além de outras doenças cardiorrespiratórias e crônicas.
Estudos da OMS comprovam que a fumaça do cigarro tem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, que também afetam a boca. O consumo regular do tabaco associado à má higienização bucal pode provocar a proliferação de diversas bactérias e patologias prejudiciais, inclusive, para o restante do corpo. Entre as doenças provocadas pelo tabaco na cavidade oral, as principais são: Halitose (mau hálito); câncer bucal (denominação que inclui os cânceres de lábio, mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua e assoalho da boca); e doença periodontal (processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes).
A nicotina, um dos principais compostos químicos presentes no cigarro, é uma substância que adere ao esmalte dentário facilmente e escurece sua pigmentação. Outro aumento da produção de melanina pelo corpo, o que afeta diretamente os tecidos da boca, como a gengiva e as bochechas, causando a chamada “melanose de fumante”, provocando assim, manchas escuras.
A fumaça do cigarro afeta a mucosa da boca, dificulta a cicatrização e diminui a eficiência do sistema imunológico, tornando o fumante mais frágil às bactérias, vírus e fungos. Ela também provoca o ressecamento da boca e inibe a produção de saliva. Dessa forma, parte das substâncias consumidas permanece na cavidade oral são digeridas, exalando odores que provocam a halitose. Além disso, as próprias substâncias produzidas pela combustão do tabaco presente no cigarro se alojam nos pulmões, garganta e nariz e também ajudam a aumentar os odores desagradáveis que geram o mau hálito.
Para Kesia, neste contexto, é importante ressaltar que os fumantes têm maior acúmulo de placa que os não-fumantes e que as bactérias presentes nesta placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Sua severidade está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.
A depender do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam probabilidade entre quatro a quinze vezes maior de desenvolverem câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar, esse risco diminui, mas somente após 10 anos sem fumar, assim terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou. Idade superior a 40 anos, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal ajustadas são fatores decisivos que podem levar ao câncer de boca.
Moradores podem procurar atendimento psicoterapêutico no ESF Bela Vista
Já no Programa Estratégia Saúde da Família (ESF), Bela Vista, mesmo mediante à pandemia, a psicóloga Daniela Viana promove um trabalho psicoterapêutico, individual, junto a alguns pacientes para que deixem de fumar.
A ideia é que os trabalhos promovidos em grupos retornem, assim que a pandemia permitir. Os encontros reuniam moradores nos três ESFs, de acordo com Daniela. Segundo a psicóloga, Fartura realiza trabalho intenso no combate ao tabagismo. “Formamos grupos de pacientes e, dentre as atividades, a Saúde ofertava, insumos, incluindo medicamentos, para que o morador parasse de fumar, em paralelo com as atividades em grupos psicoterápicos”, conta Daniela.
Segundo a profissional, o trabalho em grupo era bastante positivo. “Mesmo neste momento de pandemia, se algum morador precisar de atendimento para se livrar do vício, pode me procurar no ESF Bela Vista, no período da manhã. Será agendado o atendimento psicoterapêutico individual”, conclui a psicóloga.
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